Juventude

A estratégia europeia do PAN para a juventude centra-se, acima de tudo, na aproximação dos jovens europeus à vida política e cívica, através do fomento da participação dos jovens por meio de tecnologias de informação, da internet e de ferramentas digitais.

É essencial preencher o hiato existente entre os jovens e a política. Esse distanciamento, gerado pelas falhas políticas e pelas políticas tradicionais, origina sentimentos de descontentamento e de revolta face aos poderes políticos com os quais os jovens não se conseguem identificar. A alienação dos jovens face às esferas política e pública é uma fonte de frustração e de ressentimento que gera sentimentos de descrença, o que por sua vez alimenta o abstencionismo, que retroativamente potencia os sentimentos de não identificação com quem governa. Esta alienação reside também numa questão mais essencial e básica: a existência de um sistema educativo que não promove o espírito crítico, a comunicação igualitária nem o debate de perspetivas e argumentos, mas se centra ainda essencialmente numa relação unidirecional e hierárquica dos saberes. Isto não estimula a reflexão, a participação nem a adoção de atitudes proativas de co-responsabilização no desenvolvimento das sociedades.

É neste contexto que os radicalismos e que a intolerância nas suas mais variadas formas encontram terreno fértil para tirar vantagem deste afastamento, para contaminar os espíritos dos descontentes, dos que querem mudanças mas encontram nos poderes políticos nada mais do que entraves e políticas feitas à medida de interesses que procuram alcançar os seus próprios desígnios nas costas das populações. É crucial garantir que a Juventude, que integra os futuros líderes do mundo, não vira as costas à Democracia, nem que a Democracia vira as costas à Juventude.Assim propomos o seguinte conjunto de medidas:

  • Criar uma “Rede Europeia de Alojamento Estudantil”, quebrando constrangimentos à mobilidade interna de estudantes que resultem de dificuldades financeiras limitadoras da prossecução de estudos no estrangeiro;
  • Promover a integração de jovens em centros de investigação científica e académica;
  • Reforçar a articulação e a proximidade entre as escolas, as universidades e os contextos profissionais, garantindo um maior ajuste entre os planos formativos, as necessidades de investigação e desenvolvimento e as reais perspectivas e necessidades dos mercados de trabalho;
  • Garantir mais e melhores oportunidades de financiamento de projetos de investigação nas áreas científicas e tecnológicas que recorram a metodologias éticas e ambientalmente sustentáveis;
  • Fortalecer o apoio a jovens famílias (licenças de maternidade e paternidade, creches financiadas pelo Estado ou empresas, ou até mesmo criação de creches nas universidades e empresas), combater o abandono escolar e promover a aprendizagem ao longo da vida e no Ensino Universitário; 
  • Reduzir os custos de mobilidade para jovens dentro da UE;
  • Alargar os benefícios dos jovens até pessoas de 35 anos incluindo assim o conceito de adultez emergente;
  • Implementar programas de combate ao preconceito e à intolerância, bem como de combate aos radicalismos ideológicos e reforço dos princípios democráticos;
  • Promover iniciativas de “Acolhimento e Aceitação do Outro”; 
  • Criar programas de integração de jovens refugiados no sistema educacional, no ensino superior e nas sociedades das quais pretendem fazer parte, sempre numa ótica de valorização das suas identidades, crenças e culturas, e nunca procurando subjugar àquilo que os países de destino consideram ser a “norma”;
  • Implementar Programas de Educação para a Natureza e para os Direitos dos Animais nas escolas;
  • Reforçar valores ecológicos e de respeito pelo Outro nas camadas mais jovens da sociedade;
  • Promover e enraizar os princípios democráticos nas camadas mais jovens, com o apoio e incentivos à criação de organizações jovens, de movimentos civis ou de cariz político; 
  • Reforçar programas de descontos no acesso a serviços, mobilidade e cultura, até aos 35 anos.