O PAN/Açores levou a discussão na Assembleia Regional uma iniciativa que previa o fim das práticas taurinas na Região e a reconversão das praças de touros em espaços multiusos. A proposta foi amplamente discutida pelos parlamentares, mas não mereceu a sua aprovação.
A iniciativa visava abolir todas e quaisquer práticas taurinas na Região, a extinção da Comissão Regional da Tauromaquia e a reconversão das praças de touros em equipamentos multiusos (culturais ou desportivos), criando, ainda, incentivos à reinserção, no mercado de trabalho, dos trabalhadores cujos rendimentos dependessem, exclusivamente, da atividade tauromáquica.
O chumbo da iniciativa reflete o pensamento conservador em relação ao bem-estar animal, sem contributos para a evolução social, em contraciclo com o movimento mundial pela abolição da tauromaquia, defendido pelo PAN/Açores.
Os partidos que votaram contra esgrimiram velhos argumentos, negando a evidência do movimento mundial abolicionista da tauromaquia, bem como do sofrimento animal existente na atividade, subscrevendo os fundamentos de que a atividade tauromáquica é uma manifestação cultural e que a sua proibição limita a liberdade das pessoas. Argumentos nos quais o PAN/Açores não se revê, repudiando qualquer instrumentalização dos animais, sobretudo para entretenimento.
O PAN/Açores assegura que, não obstante o chumbo da iniciativa, o debate em torno da tauromaquia continuará a ecoar na sociedade, estando a sociedade hoje mais informada e sensibilizada para a violência que a atividade tauromáquica inflige nos animais. A luta pelo fim desta prática não termina aqui e o partido continuará a trilhar o caminho até ao fim da tauromaquia nos Açores, sem prejuízos dos obstáculos colocados.
“Lamentamos profundamente o chumbo desta iniciativa que para o PAN representa um grande passo na defesa dos direitos dos animais, construindo uma sociedade mais ética e consciente. Hoje ficou claro que o parlamento regional necessita do PAN para dar voz aos animais. De facto, há ainda muito a fazer pela protecção animal e esta é uma missão que faz parte do nosso ADN”.
Deputado Pedro Neves