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Comunicado – Saída de Cristina Rodrigues do PAN

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A este tempo, queremos assegurar-vos que os mais recentes episódios em torno da vida do nosso partido não alteraram os nossos objetivos e não influenciarão o nosso foco.

As nossas primeiras palavras vão para as eleitoras e eleitores do PAN e para todos os que confiam no nosso trabalho: o PAN está vivo e assim vai continuar.

A este tempo, queremos assegurar-vos que os mais recentes episódios em torno da vida do nosso partido não alteraram os nossos objetivos e não influenciarão o nosso foco:

– ser parte ativa no processo de construção e aprofundamento da Democracia portuguesa, através de uma agenda política que dá voz à preocupação de milhares de pessoas relativamente à causa animal e à proteção do ambiente, a par das respostas sociais que se encontram por concretizar.

Nos últimos dias, 7 elementos do partido saíram em conflito, contrariando lógicas de diálogo e de oposição democráticas saudáveis que, na verdade, são a base e o fruto daquilo que é a vida política e partidária. Estes elementos, que se concertaram para esta saída, escolheram não seguir internamente a via democrática de oposição. Optaram antes pelo caminho mais fácil da saída e da acusação vazia, não reconhecendo nunca as suas responsabilidades.

As pessoas que agora saíram do partido fazem-no a arrepio do debate interno, fazem-no não obstante ocuparem cargos e lugares onde podiam, querendo, combater o que diziam estar errado. E fizeram-no, não sejamos ingénuos, porque estão mais preocupados consigo e com os seus interesses pessoais do que com as causas que nos motivam. Fizeram-no porque não estão comprometidos com o partido.

Não deixa de ser curioso que Cristina Rodrigues e o Eurodeputado que recentemente saíram do partido não abandonaram os seus cargos políticos remunerados, nenhum abdicou, continuando a prosseguir deste modo os seus interesses próprios e a sua agenda pessoal. Não deixa de ser curioso que das pessoas que recentemente saíram do partido nenhuma abdicou dos seus cargos políticos remunerados, apenas o tendo feito em órgãos sem remuneração, como as assembleias municipais, continuando a prosseguir deste modo os seus interesses próprios e a sua agenda pessoal. Lamentavelmente, estas pessoas usaram o PAN como trampolim para chegar até estes lugares.

A saída de Cristina Rodrigues hoje, mais não é do que a antecipação de um inevitável processo de retirada de confiança política do partido. Neste sentido, existem alguns pontos que queremos deixar bem claros. A deputada mostra, desde há algum tempo, que não convive bem com a democracia. Exemplo disso é o facto de dizer que foi afastada da Comissão Política Permanente, à sua revelia, quando houve um processo eleitoral interno, ao qual optou não só por não se candidatar, como também por nele não participar.

Por outro lado, no seio do Grupo Parlamentar, foram várias as vezes em que não participou em reuniões ou que se ausentou das mesmas, mostrando uma total falta de envolvimento no debate político interno. Por estas razões, o processo de tomada de decisões decorria, muitas vezes, sem a presença da deputada, que sempre demonstrou falta de empenho e de interesse.

Acresce ainda uma conduta de constante falta de solidariedade institucional, que a mesma assumiu recentemente ao afirmar que não devia lealdade ao Grupo Parlamentar. Falta de interesse e de empenho que foi por demais evidente ao nível do trabalho político que não desenvolveu nas Comissões que acompanhava.

Exemplo disso, são as matérias de proteção animal, uma das principais bandeiras do PAN e que foram ao longo desta sessão legislativa desvalorizadas pela Cristina Rodrigues na Comissão de Agricultura, onde são debatidos estes temas, e que era da sua responsabilidade.

Mas mesmo perante este cenário, o restante Grupo Parlamentar e o partido conseguiram nestes meses negociar com o Governo:

– o aumento do IVA da tauromaquia,

– a criação de uma estratégia nacional de bem-estar animal,

– o reforço das verbas para os centros de recolha oficial de animais,

– e, entre outras medidas, o alargamento dos apoios às associações zoófilas ou a regulamentação da lei dos circos.

Cristina Rodrigues seguiu o exemplo do Eurodeputado eleito pelo PAN, optou por um caminho em que não só decide perseguir exclusivamente os seus interesses pessoais, como ainda escolhe não renunciar ao lugar conquistado pelo partido, defraudando as expectativas de todos aqueles que votaram no projeto PAN.

Na política, o ganhar escala traz dores de crescimento e mostra, por vezes, o melhor e o pior de algumas pessoas. E infelizmente o PAN, como outros partidos ao longo da história da democracia portuguesa, não esteve imune a estes fenómenos.

Mas não nos podemos esquecer que vivemos um tempo extraordinariamente complexo no nosso país, para o PAN a prioridade será continuar a apresentar contributos para o processo de retoma económica e social.

Assim como, continuaremos a lutar empenhadamente para fazer avançar as nossas causas, em reforçar a proteção dos animais e garantir um modelo social e económico de desenvolvimento mais justo, equitativo e sustentável.

Este é um momento de viragem para o partido, um momento que nos permitirá crescer e fortalecer a nossa união e a união daqueles que realmente acreditam no projeto PAN. Trouxemos uma lufada de ar fresco ao panorama político português e assim estamos comprometidos em continuar a fazê-lo.

Estas mudanças dão-nos mais força para continuar o caminho que temos vindo a trilhar, num PAN coeso e unido.