PAN/Açores quer segurança nos trilhos pedestres

A Representação Parlamentar do PAN/Açores entregou, hoje, à Assembleia Regional uma iniciativa legislativa que visa reforçar a segurança nos trilhos pedestres da Região, em resposta ao crescimento expressivo do turismo nos últimos anos e aos impactes ambientais que dele decorrem.  

A proposta do partido sublinha a necessidade urgente de implementar medidas que promovam a sustentabilidade, com especial enfoque na protecção da biodiversidade, considerando a importância da natureza enquanto recurso de excelência e elemento central da oferta turística açoriana, que assume um papel estratégico na valorização do arquipélago, sustentando uma experiência ancorada na fruição e práctica de actividades diretamente ligadas aos recursos naturais, como os trilhos pedestres, a par da salvaguarda da qualidade de vida da população local. 

Neste contexto, e na sequência do crescente número de incidentes ocorridos durante a práctica de actividades turísticas em meio natural, especialmente em percursos pedestres, o PAN/Açores considera fundamental a implementação de medidas com vista a mitigar riscos e reforçar a segurança dos pedestres. 

Neste sentido, Pedro Neves defende a criação de um regime sancionatório para quem infrinja as normas de circulação em trilhos não homologados ou temporariamente encerrados, o reforço do número de vigilantes da natureza nos principais pontos turísticos e trilhos oficiais, bem como a realização de campanhas de sensibilização nos aeroportos, aerogares e portos da Região, com o objetivo de informar e alertar os visitantes sobre as restrições em vigor e as consequências do seu incumprimento.  

A iniciativa prevê ainda a aplicação de taxas de activação às operações de salvamento e resgate que ocorram fora dos trilhos homologados, incluindo a cobrança dos custos associados à activação de meios aéreos, como forma de responsabilizar os infratores e desincentivar comportamentos que coloquem em risco a sua integridade física.

“O crescimento do turismo exige uma resposta firme e responsável face aos desafios que coloca à conservação dos nossos ecossistemas e à segurança de quem nos visita. É imperativo que a valorização do património natural não se faça à custa da sua degradação, exigindo-se, por isso, uma gestão responsável e preventiva”.