A Representação Parlamentar do PAN/Açores alerta para a necessidade de maior consciência nesta época festiva e apela à população para que não ofereça animais como presentes de Natal, exortando centros de recolha de animais a suspender as adopções nesta altura do ano. A adopção de um animal implica um compromisso a longo prazo, fruto de uma decisão ponderada e nunca de um gesto impulsivo ou simbólico, pois, não raras vezes, o desfecho traduz-se em abandono, sofrimento e responsabilidades para as quais não se está preparado.
O partido relembra que, todos os anos, após o Natal, as associações de proteção animal registam um aumento preocupante de abandonos de cães e gatos oferecidos como presente, resultado de decisões impulsivas – um animal é um ser vivo, com necessidades e direitos, e não deve ser tratado como um objecto de consumo ou de ocasião.
Pedro Neves apela ainda à adopção de prácticas que reduzam o desperdício alimentar e o consumismo, através do planeamento de refeições, evitando excessos, aproveitamento de sobras, ou doação dos excedentes, podendo também recorrer-se à compostagem quando possível. A par disso, reaproveitar embrulhos e privilegiar decorações naturais — ramos de pinheiro, pinhas, frutas secas, cascas de laranja e paus de canela — que são biodegradáveis e conferem um ambiente caloroso, reduz o impacto do consumo excessivo. Contudo, reforça a proibição da apanha dos musgos – leivas e outros. A troca de decorações de Natal entre amigos e vizinhos é também uma forma simples de renovar o espaço sem gerar desperdício.
O parlamentar invoca ainda a solidariedade da população açoriana, sublinhando a importância dos presentes solidários, se possível, através do apoio de associações de protecção animal ou ambiental, projectos sociais, através de donativos, voluntariado ou apadrinhamento simbólico.
“Acreditamos que a responsabilidade, a informação e a empatia são os melhores presentes que podemos dar: proteger a vida animal, apoiar quem trabalha em defesa do bem-estar e reduzir o impacto ambiental desta quadra, lembrando sempre que os animais não são um presente”.