O PAN/Açores considera que o novo Plano de Gestão de Riscos e Inundações compreende avanços satisfatórios no que concerne à prevenção e mitigação dos impactes da actual crise climática, contudo, afirma que o documento é pouco ambicioso e não acompanha o ritmo das alterações climáticas.
Na ocasião, o Porta-voz do PAN/Açores realçou que este projecto não acautela medidas que favoreçam a permeabilização dos solos ou o recurso à florestação, enquanto aliados na retenção de água, actuando na prevenção dos impactes causados pelas inundações, sobretudo se consideradas as reincidências nas freguesias de Arrifes, Santo António e Capelas, em São Miguel.
Em paralelo, Pedro Neves relembrou que algumas das pretensões deste Plano colidem com o modelo agrícola praticado na Região, desafiando o Governo a apostar na agricultura regenerativa, enquanto mecanismo facilitador não só da qualidade dos solos, como também da sua permeabilização. O atual modelo agrícola vigente é o principal oponente deste Plano, a seguir às alterações climáticas.
Para o Partido é, ainda, urgente implementar medidas eficazes de proteção da orla costeira e definição de zonas de construção, porque está em causa a segurança das pessoas e a sua vulnerabilidade acrescida aos eventos climatéricos adversos, como aconteceu em Porto Pim no Faial e no Porto das Lajes das Flores.
A par disso, o Deputado do PAN/Açores questionou qual o valor orçamentado para a execução deste Plano, apresentando dúvidas quanto à execução da verba prevista – 18 milhões de euros, especialmente se considerado o tempo previsto para a sua execução e o histórico das taxas de execução ambiental deste Governo.
“Urge abandonar técnicas arcaicas presentes na agricultura convencional, que em nada se adequam aos actuais desafios que a Região enfrenta. O futuro passa pela adopção de sistemas naturais eficientes, capazes de fazer face à crescente crise climática”, afirmou o Porta-voz e Deputado, Pedro Neves.