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Eurodeputado do PAN quer pepino-do-mar na Diretiva Habitats

Pepino-do-Mar

A zona ultraperiférica dos Açores e a Ria Formosa, no Algarve, são exemplos portugueses de locais onde os pepinos-do-mar têm sido alvo de uma captura excessiva e ilegal.

O eurodeputado do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Francisco Guerreiro, questionou a Comissão acerca das medidas de proteção europeias em marcha para o pepino-do-mar, uma espécie que brevemente poderá encontrar-se ameaçada de extinção.

Os pepinos-do-mar, animais da classe equinodermos, são um elemento importante para os ecossistemas aquáticos ao reciclarem matéria em decomposição e ao limparem o fundo do mar. No entanto, são igualmente uma iguaria na Ásia e muito procurados por pescadores, e mesmo traficantes, pelo lucro que representam – uma tendência que tem vindo a crescer muito acentuadamente. Como consequência, as populações de pepinos-do-mar no Pacífico estão a entrar em colapso e poderão, em breve, atingir níveis críticos na Europa.

Assim, em 2019, a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (CITES ou Convenção de Washington) incluiu os pepinos-do-mar, pela primeira vez, no seu Apêndice II. Esta lista inclui as espécies que não estão necessariamente ameaçadas de extinção, mas que o poderão vir a estar caso o comércio não seja controlado de perto.

Tendo em conta que a grande maioria dos países da União Europeia (UE) não está a tomar medidas para proteger estas espécies, nomeadamente Portugal, Francisco Guerreiro procurou saber se a Comissão irá agir colocando, assim, o pepino-do-mar na Diretiva Habitats e o que está a fazer para monitorizar e proibir o comércio ilegal dessas espécies na União Europeia.

A zona ultraperiférica dos Açores e a Ria Formosa, no Algarve, são exemplos portugueses de locais onde os pepinos-do-mar têm sido alvo de uma captura excessiva e ilegal.