Ambiente

Iniciativa A Paz na Interdiversidade: para um pragmatismo Acolhedor

As inscrições são limitadas, aceites por ordem de chegada e podem ser feitas AQUI

Programa

Dadas as afinidades que resultam de interesses comuns baseados no humanismo, no conhecimento científico, na edificação de uma cultura da paz e de um mundo mais consciente, no âmbito da World Interfaith Harmony Week, propõe-se a realização conjunta do evento cuja ficha de identificação a seguir se apresenta:

  1. Designação:A Paz na Interdiversidade: para um pragmatismo Acolhedor

2. Data e Local de Realização:

Data: 3 Fevereiro 2017

Duração: 09:30 – 17:00

Local: Fórum Lisboa / A Casa da Cidadania * Av. De Roma, 14 P, 1000-265 Lisboa

3. Organização conjunta:

» PAN / Grupo Municipal da Assembleia Municipal de Lisboa

» Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias / Departamento de Ciência das Religiões / Linha de Investigação “Cosmovisões da Ásia”

4. Parceria e Apoios

Parceria: Associação Fazedores da Mudança

Apoio: Câmara Municipal de Lisboa

5. Fundamentação e Justificação do evento:

Do discurso a uma ação pragmática

A presente iniciativa integra-se na “World Interfaith Harmony Week[1]” e justifica-se pelo imperativo vivencial urgente de promoção da harmonia entre as Pessoas, Animais e (restante) Natureza. Esta iniciativa – que radica no firme pressuposto que a harmonia é independente de raça, cor, género, país, tribo ou mundivisão – tem por missão contribuir para que a paz se torne processo em curso e deixe de ser somente uma palavra que cada vez mais se ouve (por evidente ausência da sua implementação) e passe a ser um objectivo prático que se plasma no gesto e na ação de cada um de nós, nos programas educativos, na cultura, na intervenção territorial, de modo a que possa ocorrer a experiência vivencial do sorriso fraterno sem fronteiras, capaz de se reforçar e ultrapassar todas as dificuldades, desvios e eventuais retrocessos.

Eu e o Outro: um outro olhar para uma nova compreensão

Vivemos num tempo de profunda disrupção, no qual aquilo que conhecemos é obsoleto e está a morrer. Os desafios são múltiplos e poucas são ainda, as novas respostas encontradas, que nos permitam sair do ciclo vicioso de crescimento e de uma competitividade sem limites. Carecemos de um multiculturalismo enquanto estrada de dois sentidos, enquanto exercício de cidadania aberta no espaço público, onde unidade nacional e diversidade sejam equilíbrio dinâmico, para que uma Ética do Cuidado associada à ação compassiva, equânime e fraterna se constitua como o meio capaz de nos ajudar a enfrentar de forma construtiva um mundo assolado por fenómenos constantes de guerra e depredação a todos os níveis.

Este evento pretende assim, trazer à Cidade de Lisboa uma outra compreensão do Eu e do Outro, do que os separa e os aproxima, dos seus diferentes níveis de comunicação e de relação, tendo presente o contexto de transição entre paradigmas (Separação – União) que claramente nos desafia para a transição de um sistema societal radicado no Ego (egocentrismo)  para um outro assente no Eco (coletivo, ecologia), convidando-nos a abrir a mente, a abrir o coração e sobretudo a abrir mão da vontade de querermos ser os melhores, desejar sempre mais, abandonando definitivamente a pretensão de sermos os detentores de uma única verdade à qual todos os outros se devem perfilar.

A paz dentro e fora de nós: a necessidade de um outro mindset

A paz começa dentro de nós e somente da Paz pode surgir a Paz.

As últimas descobertas cientificas nas áreas da física, da biologia e da neurociência têm colocado em evidência a interconexão e interdependência que existe entre todos os seres vivos e o planeta. Está por demais evidente que precisamos de todos, sem que nos possamos esquecer que cada um de nós vê e interpreta a realidade que o cerca, em conformidade com a matriz mental – que se vai construindo pela cultura, ética, educação, família e meio onde vive, entre muitos outros – podendo ela própria constituir um condicionamento na relação com os outros e no modo como nos posicionamos perante os diversos contextos que se nos apresentam.  Só com a compreensão, mesmo que reduzida, da origem e possível erradicação desses mesmos condicionamentos, estaremos mais preparados para lidar e gerir as situações que emergem do quotidiano turbulento e instável em que vivemos, com a necessária equanimidade compassiva e o contentamento fraterno.

Lisboa: da Cidade cosmopolita e acolhedora a um Pacto para a Paz

Pela sua projeção internacional, pela sua natureza intrinsecamente cosmopolita e de acolhimento, Lisboa, enquanto cidade capital de Portugal, constitui o solo fértil a partir do qual podem germinar as melhores condições para a construção da paz. Impõe-se por isso um compromisso – o Pacto para a Paz na Cidade de Lisboa– assumido por todos os cidadãos e por aqueles quanto direta e indiretamente, detêm responsabilidades nas diferentes áreas de intervenção na Cidade.

O Ousar em conjunto para uma Ética do Cuidado, da Empatia e da Cultura para a Paz

Motivados pelo ousar Saber e Ser Paz aliado ao ousar fazer, a presente iniciativa surge da parceria entre a Universidade Lusófona e o Grupo Municipal do PAN, da Assembleia Municipal de Lisboa, à qual muitas outras entidades serão convidadas a juntarem-se e a assumirem um compromisso para a Paz, com especial relevo para a área da educação, dimensão privilegiada para a mudança que emerge.

6. Principais Objetivos Reflexivos (específicos)

  • Promover a reflexão em torno de questões como, entre outras:
  • Como assegurar a boa convivência em Lisboa, sem se deixar permear pelo conflito e acontecimentos externos?
  • Quando falamos de uma Cultura para a Paz e para a Cidadania na inter-diversidade, estamos a falar especificamente do quê?
  • Como reforçar uma cultura para a Paz e para a Cidadania?
  • Qual o segredo do acolher, respeitando e unindo?
  • Que condições necessárias para uma Cultura da Paz?
  • Que Pacto para uma Cultura da Paz na Cidade?
  • Reforçar a promoção de pontes de diálogo e de relação na cidade de Lisboa;
  • Incentivar, reforçar e criar espaços de comunicação e de ação, facilitadores de uma intervenção territorial dialogante, compassiva e integrada.

7. Principais Resultados desejáveis pretendidos com a iniciativa:

a) Contributos para a afirmação de um Pacto para uma Cultura da Pazna Cidade de Lisboa;

b) Favorecer as condições de diálogo entre todos os intervenientes na Cidade, em presença;

c) Reforço de um ambiente de co-responsabilidade e cooperação, plasmada numa acção integrada para a Paz.

8. Participantes a privilegiar:

Cidadãos, dirigentes organizacionais, políticos e profissionais que intervém na cidade de Lisboa, bem como alunos do ensino secundário e universitários (futuros profissionais).

9. Proposta de Programa:

Iniciativa anual lançada pela Organização das Nações Unidas, em Fevereiro 2011. Desde então, por todo o mundo e em Portugal, se organiza esta iniciativa na primeira semana do mês de Fevereiro de cada ano.