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Maia recusa reconversão gradual para fogos de artifício mais silenciosos e que priorizem os efeitos visuais

Maia - Portugal

Foi rejeitada em Assembleia Municipal a recomendação do PAN para que a Maia, de forma gradual, substituísse os fogos de artifício, como hoje os conhecemos, por alternativas mais sustentáveis, tanto ao nível da poluição sonora como da poluição ambiental, com recurso a alternativas mais silenciosas e que priorizem os efeitos visuais.

A proposta foi rejeitada, colhendo a abstenção da coligação “Um novo começo” (PS/JPP) e os votos contra da coligação Maia em Primeiro (PSD/CDS), CDU e Presidente da Junta da Freguesia de Milheirós.

No concelho da Maia, é recorrente o recurso a pirotecnia nas comemorações de festas e romarias da cidade. Se, por um lado, o fogo de artifício é para muitas pessoas um momento de alegria, tradição e cultura, por outro, os seus efeitos negativos em pessoas, nos animais e no ambiente são hoje inegáveis. A poluição sonora afecta desde pessoas com maior sensibilidade auditiva a animais, tanto de companhia como selvagens. Sem esquecer o ambiente, uma vez que os compostos poluentes libertados para a atmosfera constituem um impacto negativo, tanto na qualidade do ar como nos ecossistemas. Acrescentando, ainda, o factor risco de incêndio e de acidentes no manuseamento de pirotecnia.

Face ao exposto, o PAN propôs à Assembleia Municipal da Maia recomendar à Câmara Municipal da Maia:

– a realização de uma campanha de sensibilização/informativa sobre os impactos negativos da utilização da pirotecnia nas festas e romarias da cidade;

– a substituição gradual do lançamento de fogo de artifício por eventos que produzam efeitos visuais, de baixa intensidade sonora e mais ecológicos.

“Em várias cidades de todo o mundo têm sido estudadas alternativas aos fogos de artifício, nomeadamente alternativas silenciosas. Temos o recente exemplo de S. Paulo, no Brasil, que na última passagem de ano priorizou os efeitos visuais, diminuindo, tanto quanto possível, os efeitos sonoros das suas comemorações. Maia perdeu uma oportunidade de, gradualmente, caminhar para uma reconversão para um fogo de artifício com um menor impacto, tanto sonoro como ambiental, nas festas da cidade.”, afirma Clara Lemos, deputada municipal pelo PAN na Maia.