O PAN – Pessoas-Animais-Natureza dedicou o seu 10º dia de campanha às corporações de bombeiros dos Açores. O partido realizou visitas de trabalho à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande, em São Miguel, e à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Faial, na respectiva ilha.
No encontro, os cabeça-de-lista do PAN/Açores por São Miguel e pelo Faial denunciaram a ausência de equipas profissionais de intervenção permanente nos Açores, uma falha no investimento do Governo Regional que acaba por sobrecarregar as estruturas voluntárias de bombeiros que, a muito custo, se revezam para garantir prestação de ajuda e socorro nos horários nocturnos.
Ao contrário do que acontece no continente e no Arquipélago da Madeira, nos Açores não existe a Carreira do Bombeiro Profissional, um vazio legal que reforça as desigualdades no tratamento dado pelo Governo e a Assembleia Regional a estas pessoas que estão constantemente na linha da frente da proteção da saúde e segurança dos cidadãos açorianos.
“Não temos bombeiros profissionais nos Açores, são apenas assalariados e está aqui uma injustiça enorme comparativamente com outra região autónoma que é a Madeira e continente”, denunciou o porta-voz do PAN/Açores, Pedro Neves.
Nos Açores, um bombeiro aufere 720€ de ordenado, menos 230€ do que no continente. A esta diferença acrescem outros custos que têm de ser suportados por estes profissionais assalariados, como são, por exemplo, as despesas associadas ao apoio psicológico, numa actividade altamente exigente do ponto de vista da saúde mental. No nosso arquipélago, têm como idade de reforma os 67 anos e 3 meses, quando no resto do país esta está fixada nos 54 anos: a profissão não é considerada como de alto desgaste, uma realidade que o PAN/Açores também quer ver alterada em todas as ilhas.