Animais

PAN esteve presente no 3º Animal Politics Meeting, na Albânia

Definitivamente, não estamos sós

Entre 19 a 22 de Novembro, em Tirana, capital da República da Albânia, realizou-se o 3º Animal Politics Meeting, um encontro internacional dos partidos que partilham a causa animal e que se destina à busca de estratégias em prol da protecção animal e das causas que lhe estão associadas através da partilha de experiências.

Este encontro contou com a participação de partidos e ONG’s da causa animal que se estão a constituir como partidos. Estiveram representados 16 países: Albania, Alemanha, Austrália, Chipre, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Holanda, Israel, Itália, Portugal, Reino Unido, Sérvia, Suécia e Turquia.

Foram partilhadas diversas situações que espelham bem o modo como o ser humano se tem relacionado de forma destrutiva e cruel com as outras espécies, consigo próprio e com os ecossistemas.

Verifica-se que os caminhos que todos os partidos estão a seguir, em diferentes andamentos e estágios, são similares, apostando na unificação das 3 causas, Pessoas-Animais-Natureza, independentemente das diferentes designações utilizadas, muitas vezes simples reflexos de questões linguísticas, culturais ou socio-políticas. Como exemplo, o Partido Pelos Animais na Alemanha, chama-se agora de Partido pelas Pessoas, pela Natureza e pelos Direitos Animais. O partido da Albânia, apesar de se centrar muito mais nos animais de companhia, chama-se Partido Ecologista Europeu. Na Austrália e Finlândia o nome forma-se em torno do termo justiça animal. Em Israel criaram uma designação muito gráfica e moderna, Justice4All Party (Partido da Justiça para Todos), como forma de traduzir a unidade das 3 causas numa única.

Verifica-se um amplo consenso nas principais matérias políticas nas várias áreas tendo todos os partidos acabado por chegar às mesmas propostas do PAN, partindo de realidades diferentes. Em todos os países onde estes partidos se formaram, estes vieram perturbar positivamente aquilo que Marianne Thieme designa por “política fóssil”, ou seja, a política tradicional e arcaica reduzida a uma dicotomia esquerda-direita baseada no crescimento infinito, na exploração animal e no esgotamento dos ecossistemas. Estes partidos colocam na esfera política questões até agora apenas abordadas e discutidas em meios académicos e científicos muito restritos.

O partido holandês continua a ser o grande pilar e referência deste movimento internacional e o PAN constituiu-se como o exemplo a seguir para os partidos emergentes tendo a recente eleição do André Silva para deputado na Assembleia da República e os resultados obtidos nas últimas eleições constituído uma forte motivação nesta comunidade.

O inovador sistema eleitoral interno adoptado pelo PAN e a sua organização interna suscitaram grande interesse por ser uma solução para muitos dos problemas de organização comuns a todos os partidos.

Apesar das tremendas diferenças culturais e geo-políticas dos países nos quais estes partidos irmãos se estão a constituir, ficou clara a ideia de que a unidade e a cooperação podem potenciar a sua acção.