O Grupo Municipal do PAN fez hoje uma intervenção na Assembleia Municipal de Lisboa para questionar a isenção de taxas nos festivais de verão da cidade de Lisboa.
O setor da cultura foi um dos mais afetados pela pandemia, mas os Festivais de Verão devem ser olhados ” numa lógica de futuro e de sustentabilidade,” e “não podemos desvalorizar os impactos para quem vive na cidade nem fazer uma pausa na preservação da natureza para acolher festivais”, defendeu o Deputado Municipal António Morgado Valente.
“Eles devem acontecer na cidade sim, mas os locais onde são organizados devem ser repensados para não prejudicar moradores com o elevado nível de ruído nem prejudicar ecossistemas e a biodiversidade dos parques da cidade e onde já foram reabilitadas miniflorestas, como é o caso do Parque da Bela Vista.
Existe ainda um festival previsto para a zona do Parque Keil do Amaral, em Monsanto, que nos transmite maior preocupação em relação à proximidade em relação às estruturas que aqui acolhem animais, como a Casa dos Animais de Lisboa, mas também relativamente ao risco de incêndio – existe algum plano de evacuação que tenha em conta a segurança dos animais e da mata de Benfica? Ainda há dias, esta zona esteve encerrada para prevenir possíveis fogos, pelo que nos parece algo imprudente realizar aqui um festival com milhares de pessoas durante o verão.
O Grupo Municipal do PAN é a favor da realização dos festivais, compreendendo os benefícios económicos, sociais e culturais que trazem para a cidade, mas devem acontecer em locais apropriados para o efeito, pelo que não podemos votar favoravelmente esta proposta nem as seguintes que não tenham em conta o bem-estar de todos – pessoas, animais e natureza.
E porque não aproveitar as taxas para recuperar os locais onde se realizam os festivais após a sua realização e investir numa maior sustentabilidade durante a sua ocorrência?”, questionou o Deputado do PAN Lisboa.