1. A esmagadora maioria dos Órgãos de Comunicação Social, em especial as televisões, têm referido, em repetição exaustiva, que todos os partidos à excepção do PS votaram a favor do reconhecimento de todo o tempo de serviço dos professores. Ora, o PAN não tem assento na Comissão de Educação pelo que não participou nas votações e não teve acesso aos documentos que se encontravam a ser preparados pelas restantes forças políticas que a integram. Factualmente estiveram, participaram e votaram seis partidos, nos quais o PAN não se inclui. Esta atitude habitual de “esquecimento” e de desconsideração pelo PAN, patente na falta de transmissão das nossas posições no espaço mediático do dia a dia e na nossa ausência dos debates políticos, prejudica-nos face aos outros partidos na medida em que somos constantemente omitidos, logo não somos falados, logo não temos as oportunidades televisivas e radiofónicas que outros partidos têm. São os critérios editoriais de cada órgão de comunicação que dividem o espaço mediático sempre pelos mesmos. Mas desta vez, o esquecimento do PAN não tem apenas o efeito da falta de referência, tem consequências reputacionais porque esta falta de rigor transmite aos leitores/telespectadores que o PAN faz parte do grupo de “todos” aqueles que votaram num determinado sentido, contra o PS. Da nossa parte, continuaremos a alertar para estes critérios flutuantes, requerendo junto dos Órgãos de Comunicação Social a partilha correta, justa e equilibrada da informação;
2. Quanto à matéria em discussão, o PAN não analisou ou votou propostas concretas. Defende e sempre defendeu os seguintes princípios: 1) o princípio do descongelamento de salários e de carreiras, gerais e especiais, e ainda os pensionistas; 2) o princípio da igualdade social, pública e privada; 3) o princípio do rigor orçamental e da sustentabilidade financeira. O PAN nunca foi chamado a analisar e decidir sobre qualquer proposta concreta. Quando esse tempo chegar, no final da próxima semana, assim esperamos, saberemos assumir as nossas responsabilidades, como sempre o fizemos;
3. Durante os próximos dias veremos a inflexibilidade irresponsável de uns e o contorcionismo hipócrita de outros, veremos muita demagogia, desinformação e guerrilha eleitoral que apenas reflecte o reduzido compromisso com a vida das pessoas e com as contas públicas. Até ao dia da votação existirão avocações em plenário (votação de propostas alternativas ao texto final) que servem para os proponentes tentarem lavar a cara e iludir as pessoas de que têm razão, que tudo fazem pelas pessoas e pelo país, e que os outros é que erraram e mentiram. Quanto ao PAN, manteremos a serenidade no meio deste circo e teremos a lucidez e o sentido de responsabilidade que as pessoas exigem de um partido representado na Assembleia da República.