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COVID-19: PAN LISBOA APRESENTA 28 MEDIDAS PARA UMA RECUPERAÇÃO DA CRISE “RÁPIDA, JUSTA, INCLUSIVA E VERDE”

Implementação da Caixa Solidária, distribuição de equipamento informático à população idosa, apoio ao comércio tradicional e reforço das esterilizações dos animais errantes são algumas das propostas apresentadas

O Grupo Municipal de Lisboa do PAN – Pessoas-Animais-Natureza prepara-se para apresentar hoje na Assembleia Municipal uma Recomendação com 28 medidas para uma recuperação da crise provocada pela COVID-19 mais rápida, justa, verde e inclusiva, procurando assegurar que na atual fase de desconfinamento e de recuperação os compromissos para com as pessoas, com os animais e com a natureza não são esquecidos.  

“Para além de uma crise na saúde, a COVID-19 deixa uma crise social e económica por resolver, à qual se juntam outras questões determinantes para o futuro, como é o caso das alterações climáticas e do cumprimento dos compromissos e metas até agora assumidos”, afirma a deputada Inês de Sousa Real.

Por este motivo, o Grupo Municipal do PAN defende que o caminho para a recuperação desta crise transversal e de toda a sociedade passa pela criação de uma maior resiliência nas várias áreas da cidade, devendo as medidas serem pensadas em conjunto e não de forma isolada. É neste sentido que o PAN vai apresentar hoje, na sessão da Assembleia Municipal de Lisboa por videoconferência, 28 medidas que abrangem áreas distintas, desde a prevenção e o acompanhamento do surto da COVID-19, a apoios para a população idosa, em situação de sem abrigo e em situação económica vulnerável, vítimas de violência doméstica, abuso sexual, crianças e jovens, bem como pessoas portadoras de deficiência, a par dos apoios económicos e financeiros ao comércio local e pequenas empresas, segurança, mobilidade, gestão de resíduos e bem-estar animal

 “A cidade deve ser encarada como um sistema interligado é isso que esta recomendação espelha. Não podemos falar em recuperar o comércio local e as empresas se as pessoas não tiverem os seus direitos básicos satisfeitos, como a habitação, a alimentação ou a saúde. Também não podemos querer sair desta crise sem ter em consideração o ambiente, a biodiversidade ou o bem-estar e os direitos dos animais que fazem parte das nossas vidas, nem penhorar o nosso futuro e o das gerações vindouras”, explica a deputada Inês de Sousa Real.

Recorrendo a projetos já implementados noutras cidades, entre as medidas que serão apresentadas destaca-se a proposta para que a autarquia apoie o programa de iniciativa da sociedade civil “Caixa Solidária”; a distribuição de equipamento informático pelas pessoas idosas que vivem sozinhas ou em estruturas residências para idosos, potenciado a comunicação com os seus familiares; a criação de uma rede que permita a estas pessoas a possibilidade terem apoio espiritual e psicológico, em colaboração com diferentes confissões religiosas e comunidades existentes na cidade; o apoio à construção nos lares de espaços onde seja possível os residentes receberem visitas de familiares; a criação de mais vagas de acolhimento para pessoas em situação de sem abrigo; avançar com a atribuição das 320 casas em regime “housing first”; incentivar à mobilidade pedonal e ciclável; a retoma da recolha seletiva porta a porta; o reforço urgente das ações de esterilização dos animais errantes e, não menos importante, a criação de um Perfil Urbano, o qual permitiria que a cidade passasse a ter um conjunto de evidências, localizadas no território, facilitando a cada momento a contextualização, coordenação e compreensão das dinâmicas urbanas e das respostas necessárias.