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PAN convida Ministro da Educação para debater modelos pedagógicos alternativos

Esta iniciativa propõe uma reflexão sobre o papel da educação no despertar de uma consciência de cidadania que, ativamente, se oriente para a preservação do futuro da Humanidade e do Planeta.

O PAN promove no dia 25 de Junho, Sábado, no Salão Nobre do Museu Nacional de Arqueologia – Mosteiro dos Jerónimos – pelas 14h30, uma conferência subordinada ao tema “Educar para Cuidar. A Educação enquanto transformadora de mentalidades”, que conta com o apoio da Direção Geral do Património Cultural e com a presença do Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues. 

Esta iniciativa propõe uma reflexão sobre o papel da educação no despertar de uma consciência de cidadania que, ativamente, se oriente para a preservação do futuro da Humanidade e do Planeta.

Ao PAN e ao Ministério da Educação espera-se que possam juntar-se entidades representantes da sociedade civil, de outros partidos políticos, respetivos reguladores, ONGs entre outros, para refletir sobre uma escola inovadora que respeite a heterogeneidade e as necessidades específicas dos alunos e que envolva profissionais de educação, família e sociedade, num compromisso conjunto.

A base de uma sociedade desenvolvida e próspera centra-se na educação e esta só pode ter sucesso se capacitar cada indivíduo, respeitando as suas idiossincrasias. Existem já vários exemplos de sucesso, que serão abordados durante esta conferência. 

O caso da Finlândia, um país conhecido por ter um dos melhores sistemas de educação do mundo, ocupando as posições de topo em várias disciplinas nos rankings PISA da OCDE. Especialistas e políticos de todo o mundo estudam o seu modelo, que privilegia a aprendizagem experimental e colaborativa, para perceber as suas particularidades e as replicar noutros países. 

O objetivo deste encontro é debater modelos educativos capazes de ajudar a formar e desenvolver competências transversais, com temas ligados à cidadania, à proteção da natureza e aos direitos dos animais, que potencializem o desenvolvimento de uma consciência ética, empática e criativa. 

As atuais ferramentas e métodos de ensino disponíveis para a grande maioria dos cidadãos portugueses ainda condicionam as crianças a decorar manuais e a replicar matérias sem, por vezes, as compreender, estando os alunos tendencialmente circunscritos a brincar em escolas fechadas, por longos períodos de tempo, privados da aprendizagem pela exploração da natureza, por exemplo. Estes modelos são principalmente orientados para a competição e combatividade, com fraco estímulo para a cooperação e para a não-violência, o que pode suscitar nas crianças e jovens uma ideia de separação social que não desperta a perceção da sua integração num mundo abundante de outros seres e ecossistemas.

O Ensino Público pode avaliar a possibilidade de inclusão de modelos pedagógicos alternativos como os métodos High Scope, Waldorf, Montessori ou a Escola Moderna, que fomentam a criatividade, o espírito crítico, a cidadania, a liberdade, o autoconhecimento e a responsabilidade, explorando o potencial de cada um e estimulando uma atitude mais ativa na procura do conhecimento.

Com os atuais avanços tecnológicos, as formas clássicas de ensino tendem a deixar de fazer sentido. As necessidades educativas atuais não são as mesmas e precisamos de algo apto para o século XXI com base num sistema colaborativo e cooperativo. Tal só poderá ser alcançado trabalhando a partir da estrutura, ensinando as nossas crianças a melhor se relacionarem com a comunidade, com as diferenças, com os desafios atuais e com os restantes seres e ecossistemas.