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PAN reage às recentes ameaças e manifestações racistas

Ameaças Racistas

Os recentes acontecimentos que envolveram uma manifestação tipo ku klux klan à porta da sede da SOS Racismo e o envio de ameaças anónimas às deputadas Beatriz Gomes Dias, Joacine Katar Moreira e Mariana Mortágua, e a dirigentes e activistas do movimento associativo anti-racista, merecem o veemente repúdio e condenação do PAN. Estes acontecimentos, e outros que têm ocorrido nos últimos meses, inserem-se numa escalada de violência, de ódio e de intolerância promovida por uma corrente ultraminoritária e com uma visão ultrapassada de Portugal e dos seus valores que não só não espelha a visão da larguíssima maioria da população, como afronta os princípios estruturantes da nossa democracia e da nossa constituição. Portugal, como país democrático que é, não pode tolerar que os direitos de participação de qualquer cidadão sejam postos em causa como sucedeu nestes casos, não pode tolerar que certos sectores procurem promover os seus ideais por meios violentos e atentatórios dos direitos fundamentais. Não podemos tolerar que por via do medo se tente o silenciamento de titulares de cargos políticos, de activistas, de partidos políticos e de associações que actuem no respeito pela Constituição e pelas regras do jogo democrático. O PAN manifesta a sua total solidariedade para com todos e todas as visadas por estes acontecimentos e apela às autoridades competentes para que assegurem a adequada protecção das pessoas e entidades visadas e que se empenhe para assegurar a efectiva aplicação do quadro legal existente, punindo de forma rápida e exemplar todos os intervenientes nestes graves e preocupantes crimes de ódio. Nesta ocasião o PAN relembra que, como partido comprometido com o princípio da não-violência e com o combate a todas as formas de racismo, da xenofobia e da discriminação, tem defendido que este é um problema que se combate com políticas transversais e, por isso, nesta legislatura apresentámos um conjunto de 14 medidas concretas que procuravam combater este grave problema do nosso país, das quais se destacam, por exemplo, a proposta de acções nacionais de sensibilização contra este flagelo, o reforço da componente antidiscriminação na formação de funcionários públicos, elementos das forças e serviços de segurança, equipas de emergência médica e profissionais da ACT ou a criação da carreira de Mediador Comunitário e Intercultural.