Foi esta semana, em Assembleia Municipal, aprovada por unanimidade a recomendação do PAN a pugnar por feiras de Matosinhos mais amigas do ambiente, das pessoas e do comércio local/regional.
As feiras constituem não apenas tradições seculares, mas uma oportunidade para as populações obterem bens de consumo a preços muitas vezes mais favoráveis que nos locais de comércio permanente, sendo, ainda, uma oportunidade para produtores e artesãos locais poderem escoar os seus produtos, livres de uma cadeia intermédia demasiado pesada.
Se excluirmos toda a panóplia tecnológica da nossa era, a forte globalização dos bens transacionados, algum incremento nas condições higiénicas e a legalidade dos produtos transacionados, uma feira, actualmente, pouco ou nada difere do que seria há meio século ou mais. Mas precisamente meio século passado, há outras preocupações que nos movem e não mudar significa perder-se o sentido com que se criou algo.
“Não é dignificante para nenhum município o panorama de lixo e desperdício que se pode verificar nos locais, e nas imediações, onde estas decorrem. Por muito que se esforcem os serviços municipais na rápida limpeza dos locais, não é de todo pedagógico permitir o desleixo por parte de feirantes e utentes. Também não corresponderá certamente ao espírito de “feira local” a crescente omnipresença de produtos provenientes do outro lado do mundo em detrimento de um forte presença de produtores e artesãos locais/regionais.”, afirmou Albano Lemos Pires.
Desta forma, o PAN pugnou por uma acção por parte do executivo para:
– estabelecer esforços no sentido de, gradual e paulatinamente, se instalarem ecopontos, tanto nos locais das feiras, como nas imediações;
– promover campanhas de sensibilização, junto de feirantes e utentes, no sentido de reduzirem o uso de plásticos de uso único;
– promover campanhas de sensibilização, junto de feirantes e utentes, para que depositem o lixo reciclável nos recipientes adequados, procedendo a experiências piloto, se necessário;
– promover a maior participação de produtores e artesãos locais, seja através de medidas de discriminação positiva, estabelecimento de concursos de ideias, prémios, eventos temáticos, outorga de selos/certificados de produtor local ou outras medidas que se entendam por adequadas.
[Fotografia meramente ilustrativa]