O Grupo Municipal do PAN leva amanhã à Assembleia Municipal de Lisboa uma recomendação pela criação de corredores ecológicos em Lisboa, começando já pela ligação das áreas do Parque Florestal de Monsanto localizadas a sul e a norte da A5, permitindo, desta forma, que os animais silvestres circulem em segurança.
Os corredores ecológicos consistem em faixas verdes que unem áreas naturais que foram fragmentadas pela ação do ser humano – por exemplo, a construção de estradas -, permitindo a deslocação de animais silvestres e a dispersão de sementes, sendo, por isso, essenciais para a manutenção da biodiversidade. Este tipo de estruturas ajuda ainda na prevenção de atropelamentos de animais, que colocam em risco as espécies, bem como a segurança das pessoas.
A par dos benefícios para a biodiversidade, os deputados do PAN lembram na proposta que “este tipo de estrutura apresenta ainda vantagens para o ambiente, uma vez que aumenta consideravelmente os espaços verdes, importantes aliados na luta contra a crise climática, bem como para a população, ajudando a mitigar a poluição sonora, a melhorar a qualidade do ar e permitindo um maior contacto com a natureza”.
Com esta recomendação, o Grupo Municipal do PAN propõe que a Câmara Municipal de Lisboa comece por criar um corredor ecológico que ligue áreas do Parque Florestal de Monsanto, uma vez que esta é “a estrutura verde no município que acolhe um maior número de espécies de animais, bem como de arvoredo”, pelo que devem “ser realizados todos os esforços para as proteger”.
Esta proposta pretende também que seja estudada a possibilidade de estabelecer ligações em corredores ecológicos com os concelhos limítrofes, designadamente Oeiras e Amadora, bem como que sejam criados mais corredores verdes no interior da cidade de Lisboa, ligando os espaços verdes já existentes.