Na sequência de um email endereçado no passado dia 19 de Outubro, pelo Sr. Fábio Gonçalves, para o Grupo Municipal do PAN, na Rua do Rio Guadiana situada na freguesia de Carnide em Lisboa, em frente aos lotes 7 e 8, encontra-se a decorrer uma obra de edificação, que, de acordo com o mesmo será eventualmente destinado a uso habitacional.
Ainda de acordo como o mesmo, as obras estão bastante avançadas e nesta fase está a ser usado esferovite em grandes quantidades, (havendo sacos grandes cheios de bolas de esferovite no recinto da obra), e o cerne do problema reside na propagação deste material por toda a rua e toda a envolvente da obra, designadamente, nos espaços entre as pedras da calçada, nos jardins, sobre o alcatrão e assim que começar a chover serão levadas pelas águas, infiltrando-se nos tubos de saneamento.
Ora sendo o esferovite (ou EPS) uma espuma rígida de poliestireno depois de expandido, está associado atualmente a um número cada vez maior de hábitos de consumo pela versatilidade da sua utilização, contudo, sendo um material plástico ele é reciclável mas a sua prolongada durabilidade associada à baixa viabilidade económica da reciclagem, fazem com que o mesmo tenha um grande impacto ambiental.
Em face do exposto, vem o Grupo Municipal do PAN requer a V.ª Ex.ª, se digne, nos termos da alínea g) do artigo 15º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa, que solicite à Câmara Municipal de Lisboa esclarecimento escrito sobre as seguintes questões:
- Têm os serviços municipais competentes conhecimento da situação ora descrita? E em caso afirmativo,
- Se foi feita alguma acção de fiscalização ao local da obra e que medidas terão sido adoptadas em razão dos resíduos indevidamente presentes na via pública?
- Que medidas estão previstas ou irão ser implementadas para evitar que situações como a que vem descrita ocorram novamente?
Junta: suporte fotográfico.
Lisboa, 31 de Outubro de 2018.