A Educação é um pilar da sociedade. Os docentes são agentes de conhecimento e transformação fundamentais para o desenvolvimento das pessoas, sendo referência e modelo de muitas das nossas crianças e jovens.
A profissão de docente tem sofrido muitos obstáculos e dificuldades, seja ao nível das posições remuneratórias das carreiras, da valorização profissional, dos desafios educativos e sociais, das necessidades de apoio que as escolas sentem, tudo isto agravado num contexto sanitário difícil como o que atravessamos.
Não obstante, os docentes, bem como a comunidade educativa em geral, tem demonstrado o seu valor e resiliência neste processo, não deixando de exercer a sua missão da melhor forma possível perante as condições que enfrentam.
Ainda assim, os docentes tem sido das classes profissionais mais prejudicadas na Função Pública.
Se a situação atual dos professores já é difícil com todas as questões associadas ao exercício profissional e dignificação das carreiras, esta é ainda mais grave quando estes docentes, para poderem trabalhar e contribuir com o seu conhecimento e competências para o desenvolvimento da Educação em Portugal, tem que concorrer para locais longe das suas residências e famílias, custeando por força da profissão que abraçaram, uma outra residência ou então sendo sujeitos a despesas muito expressivas nas suas deslocações diárias para o emprego.
Estes custos, indissociáveis do próprio modelo de concursos dos professores, não têm qualquer compensação salarial, levando a que muitos acabem por desistir, procurar outras alternativas fora do sistema educativo ou até do país. Tudo isto, contribuindo para a atual perda de professores, já evidentes em algumas áreas, para o não rejuvenescimento da profissão e perda de capital humano especializado.